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Hub de Inovação da Merck e UFG promovem o 1° curso sobre Testes Rápidos por Imunocromatografia no IPTSP

Curso é um dos resultados da parceria da Merck com a UFG por meio de um projeto do LDPTR

Texto e fotos: Marina Sousa


No âmbito da parceria entre a Merck S.A. e a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), localizado no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG), promoveu um curso altamente valioso durante a primeira quinzena de agosto. Este curso, intitulado "Testes Rápidos por Imunocromatografia", tem como propósito primordial instruir os participantes nas várias fases do desenvolvimento e produção de testes rápidos utilizando a técnica de Imunocromatografia de fluxo lateral. Adicionalmente, aborda aspectos cruciais relacionados ao controle de qualidade e aos requisitos regulatórios. O curso oferece certificação aos participantes, garantindo assim um aprendizado sólido e reconhecido.

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Ao centro, professora do IPTSP, Samira Bührer com equipe da Merck, professores e participantes do curso na sede do Hub de Inovação 

 

Segundo a pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), Samira Bührer, o curso é o primeiro de muitos, já que a segunda turma já está com as vagas preenchidas. Dividido em duas etapas, o curso tem uma parte virtual com 4 módulos, onde são apresentados temas como: Introdução ao POCT HUB; Introdução aos Imunoensaios e Criação de Testes Rápidos; Como garantir uma boa prova de conceito para o avanço da maturidade tecnológica (TRL); Testes Rápidos: Reagentes de Captura e Detecção; Montagem de cartões: da bancada ao mercado; Controle de qualidade e resolução de problemas; Variações e perspectivas futuras de testes rápidos; bem como Materiais e Reagentes para Desenvolvimento de Testes Rápidos; O real custo do teste de 1 USD e Assuntos Regulatórios no Brasil: Resolução Colegiada de Diretores (DCR) para Testes Rápidos e ISO 9001.

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Aula prática no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR) 

 

 A etapa presencial aconteceu na sede do Innovation HUB, localizado no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs), do IPTSP, onde também funciona o LDPRT. Nesta etapa os participantes tiveram as práticas de laboratório que são muito importantes para fixação do aprendizado como ainda puderam sanar dúvidas e entender melhor todo o processo, já que os Testes Rápidos de Hanseníase que hoje estão disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) foi desenvolvido pela professora Samira Bührer e equipe.

O curso reúne um destacado grupo de profissionais altamente qualificados que inclui Bergmann Ribeiro, da Universidade de Brasília; Carlos Gouvêa, Sócio-Diretor da Green Hill Consulting Consultoria; Charlie Huang, especialista em diagnósticos e Ciências da Vida na AnteoTech Ltd; Felipe Chambergo, renomado professor da Universidade de São Paulo; Mark Thomson, Especialista Sênior em Gestão Regulamentar Global no Merck Group; Rodrigo Moura, professor na Universidade UniEvangélica; Michael Mansfield, Cientista de Desenvolvimento de Aplicações na Millipore Sigma; e Gabriela Franco, Especialista em Pesquisa e Desenvolvimento na Vyttra Diagnósticos.

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Participantes do curso veem na prática como são desenvolvidos os testes rápidos

 

Além disso, contamos com a expertise dos profissionais e pesquisadores da Merck, tais como Katie O'Brien, Cientista de Pesquisa e Desenvolvimento no Merck Group; Guilherme Vieira, Especialista em Qualidade no Merck Group; Camila Ferreira, Especialista de Produtos no Merck Group; Fabrice Sultan, Gerente de Vendas Internacionais e Marketing na Merck Chimie, Virginia León Navas, Especialista de Produtos no Departamento de Vendas e Marketing na Operon S.A; e Misael Silva, Head de Ecossistema da Inovação no Merck Group LATAM.

Por último, mas não menos importante, temos a valiosa contribuição dos pesquisadores do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), que inclui Djairo Pastor Saavedra, Matheus Fogaça, Leonardo Lopes, Mônica Nogueira, e Samira Bührer, coordenadora do laboratório.

Como foi na prática

Emanuel Abreu, um dos participantes do Curso de Testes Rápidos por Imunocromatografia, desempenha o papel de analista de pesquisas na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com foco na área de Biotecnologia e Recursos Genéticos. Para ele, a participação no curso representa uma oportunidade excepcional e abre portas para futuras colaborações. Emanuel compartilha sua perspectiva: "Este laboratório é um centro de excelência no desenvolvimento de testes rápidos, e na Embrapa estamos trabalhando na criação de testes rápidos. Ter essa oportunidade é incrível para aprimorar nossos protocolos e entender os métodos aplicados aqui. No futuro, buscamos estabelecer parcerias para atender a uma demanda significativa na área veterinária, incluindo a identificação no campo de doenças como a febre aftosa e a febre maculosa, com diagnósticos mais ágeis."

Outra participante é Elisa Nascimento, uma bolsista pós-doutorado na Embrapa Biotecnologia. Seu foco de pesquisa reside na resistência inseticida do bicho mineiro (Leucoptera coffeella), uma das principais pragas agrícolas que afetam a cultura do café. Além disso, Elisa desempenha um papel fundamental na startup Kidera Biotecnologia, onde contribui para o desenvolvimento de kits de teste rápido. Esses kits têm a capacidade de detectar duas das principais viroses que ameaçam a produção de mamão, nomeadamente aquelas responsáveis pela Meleira e pelo Mosaico. 

Elisa destaca a importância da participação no curso para sua área de atuação, afirmando: "A experiência da professora Samira está alinhada com o nosso campo de trabalho. Portanto, está sendo extremamente valioso observar de perto como os testes são conduzidos aqui, aprender os truques e compreender a rotina de produção. Esta interação tem se mostrado uma troca de conhecimento excepcional."

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Ao centro, Elisa Nascimento, aluna do curso, relata que a interação tem se mostrado uma troca de conhecimento excepcional

 

Como funciona?

A imunocromatografia de fluxo lateral, também conhecida como teste de imunocromatografia ou teste de fluxo lateral, é uma técnica de diagnóstico amplamente utilizada para detectar a presença ou ausência de substâncias específicas em uma amostra líquida, como sangue, urina, saliva ou fluidos corporais. Essa técnica é frequentemente empregada em testes rápidos para várias aplicações, incluindo diagnóstico médico, detecção de drogas, testes de gravidez, detecção de doenças infecciosas, entre outros. Mas vai muito além da aplicação na medicina, sendo que o LDPTR também está preparado para trabalhar no desenvolvimento de teste rápido com aplicação na veterinária, agropecuária e meio ambiente.

Fonte: Comissão de Comunicação IPTSP